terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Neve na montanha


Lá fora, a neve cai na montanha.
Cá dentro, a neve na montanha é inebriante.
O cenário é bonito.
A companhia maravilhosa.
O caminho bonito.
Eis a montanha coberta de neve e o frio lá fora.

Do Uruguai com a sua guitarra


A voz.
A voz é melodiosa, extraordinária, única.
Os aparelhos falham. Os músicos perdem o sentido.
Mas a voz está lá.
Explode e dá o que tem de melhor: sentado no palco, só, de pernas cruzadas com a voz ao som de uma guitarra num teatro esgotado. Arrepiante.
Depois perde-se, encontra-se, brilha e ofusca-se.
Varia entre a genialidade e a mediocridade e no final o resultado é extraordinário.
É belo. Demasiado bonito e sem dúvida irrepetível.
porque
"no es la luz lo que importa en verdad son los 12 segundos de oscuridad"

.....e depois há o Oscar que parece ter tanta importância mas que ele próprio diz pesar um pouco mais de 3 quilos. Na verdade, o filme pelo qual ganhou o óscar pela música Al otro lado del rio, Diarios de Motcicleta (ou Diários de Che Guevara em português) merece-me um comentário.
É, sem qualquer dúvida, um dos filmes com melhor fotografia que já vi. É fantástico, tem graça, tem momentos extraordinários e é verdadeiramente bom. Daqueles filmes que se vê e revê e se volta a ver. A banda sonora enriquece-o.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Justiça ou injustiça?

Não muito ao longe, ouço o prós e contras sobre a polémica à volta da Esmeralda, a menina de quem tanto se tem falado. Aliás, da menina de quem tanta gente se tem esquecido.
Fala-se da questão com uma distância e com uma frieza que me assustam. Bem, a verdade é que toda esta questão me assusta, toda esta discussão me parece tão surreal, tão crua.
Onde é que estão aquelas coisas a que normalmente se chama amor de pai e mãe, crianças felizes, bem-estar dessas crianças, que é feito de se ver esta menina como um ser humano e não como uma coisa que está a ser disputada e tudo mais? que crueldade que para aí anda!
Bolas, o que há aqui é um pai, o qual é perfeitamente indiferente se é ou não biológico, que apesar de ter desobedecido à decisão de um tribunal, ama a menina. Depois, há um pai, a que se chama biológico, que não se percebe muito bem o que quer. E há uma mãe com um olhar tão perdido que parece que está noutro planeta. Não me coloco na defesa ou ataque de ninguém, apenas tento entender e não entendo nada.
Por onde anda a justiça, pergunto-me eu? Será que ela cai no cliché do "estar cega, surda e muda"? será de mim ou, no final das contas feitas, o que importa aqui é se a criança fica ou não feliz?

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Encontro

Mário Sá Carneiro once wrote:

"Perdi-me dentro de mim
porque eu era labirinto
e hoje, quando me sinto,
é com saudades de mim

Passei pela minha vida,
um astro doido a sonhar
na ânsia de ultrapassar
nem dei pela minha vida

Para mim é sempre ontem
não tenho amanhã nem hoje
o tempo que aos outros foge
cai sobre mim feito ontem
(...)
Como se chora um amante
assim me choro a mim mesmo
eu fui amante inconstante
que se traiu a si mesmo

Não sinto o espaço que encerro
nem as linhas que projecto
se me olho a um espelho
não me acho no que me projecto

Não perdi a minha alma
fiquei com ela perdida
assim eu choro, da vida,
a morte da minha alma
(...)
Desceu-me na alma o crepusculo
eu fui alguém que passou
serei, mas já não me sou
não vivo, durmo o crepusculo
(...)
perdi a morte e a vida
e, louco, enlouqueço
a hora foge vivida
eu sigo-a mas permaneço"


Sim, tens razão. Não é isto que quero para mim! Quero encontrar-me, quero descobrir a saída do labirinto que sou, não quero ter saudades de mim, quero sentir a minha vida com todas as forças, viver o hoje sonhar com o amanhã, recordar o passado, não me quero trair, quero ser a amante constante de mim mesma, quero sentir o espaço que encerro e encontrar-me nas linhas que projecto, jamais quero perder a minha alma, e menos ainda quero chorá-la, vejo no crepusculo o final de mais um dia e o aproximar de outro, não quero perder-me.

Would you help me my dear friend?

domingo, 14 de janeiro de 2007

Sorrisos

Um sorriso não pode ser confundido com um riso, são distintos e distantes.
Um sorriso é a manifestação de um estado da alma.
Um sorriso é a revelação.
Mas, na verdade, um sorriso é somente isso, um sorriso =))))))
Ei-los:









E depois há estes, os misteriosos.
Que escondem tanto e tanto.
Que não escondem nada e nada a quem os sabe ler.


A casinha



Era uma vez uma casinha no meio do nada plantada. Lá dentro havia uma grande lareira, havia conforto, havia encanto. Havia também um grande mistério encerrado nos muros em torno desse castelo disfarçado na inocência de uma casinha: dentro de portas havia magia, fora de portas havia um céu repleto de estrelas. Que perfeição!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007




Raridade.
Música.
Sol.
Noite.
Cavaleiros e feiticeiras.
Mundo.
Cheiro. Estrelas.
Olhar. Deslumbrar.
Cassiopeia.
Sinceridade.
Toque.
Encantamento.
Momentos roubados, momentos ganhos.
Esmero.
Tarte de manga, Tarte de figo.
Franqueza.
Correspondência. Beleza.
Semelhança.
Silêncios gritados.
Essências.
Fogo.
Perspicácia. Almofadas.
Mundo.
Partilha.Tudo e tanto.
Inevitabilidade.
Essência. Quentinho.
Cobertores. Renascer.
Lisboa.
Tranquilidade.
Encontro.
Rebolar na areia. Natureza. Jasmim.
Sorriso.

Fotografias & Radiografias


( Homer brain eheheheh but that's it)

Hoje discutia qual das belezas é predominante, se a interior ou se a exterior. Esta é uma coisa que já me fez ter outras discussões. Penso que só se vê, aliás só há atracção pela beleza interior, depois de haver qualquer coisa na exterior que nos desperte. Não é condição extrema que se seja uma princesa ou um adónis e penso que o interior de alguém é realmente muito mais importante que a carapaça. Mas, penso também que a disponibilidade para se conhecer a essência das pessoas parte sempre de qualquer aspecto exterior, seja a beleza ou o brilho ou olhar ou a forma de falar, andar ou comer ou as mãos ou seja lá o que raio for que cria a atracção. Depois desse clic toda a beleza é igualmente importante.
A radiografia é crucial, mas a fotografia está sempre lá.
E depois há uma coisa extraordinária que é descobrir que há quem combine a beleza da fotografia com a da radiografia. E aí sim, é perfeito.
Era a isto que me referia.

domingo, 7 de janeiro de 2007

A grande confusão do referendo



O referendo sobre o aborto está quase quase aí e continua a ouvir-se quem seja contra a despenalização por ser a favor da vida.

Mas que grande confusão. Como é possível que se seja contra a liberdade de escolha? Vota no SIM é votar na liberdade de decidir sobre se se traz ao mundo uma vida ou não, votar sim é permitir a cada um seguir as suas convicções, votar sim é tão pura e simplesmente permitir-se a ser-se contra ou a favor de algo que independentemente de ser crime é praticado a cada dia. Votar sim é proteger quem nasce da falta de opções.

Aceito que se seja a favor ou contra a prática do aborto. Cada um tem as suas razões e inclinações. Mas é preciso perceber que essa é uma outra discussão.

Tatuagens



Há momentos que se guardam para sempre. Há marcas que se guardam para sempre e há momentos que nos marcam para sempre.Coisas bonitas, palavras simples, gestos delicados. E esses, venha o que vier, jamais podem ser esquecidos porque deixaram a sua imortalidade, deixaram o seu toque, deixarm o seu vicio. Tal e qual tatuagem.



"Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti

Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti

De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre osluares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim

De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti

De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão".
Tatuagens - Mafalda Veiga e Jorge Palma

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Maravilha, maravilha

Eu sou a rainha da indecisão. Ando há semanas para votar nas minhas "7 Maravilhas", mas estou com um grande problema: não me consigo decidir pelas sete. Bahh tenho 9 e n consigo abdicar de nenhuma. O que é problemático. ei-las sem qq ordem de preferência



1-Taj Mahal - Imprescindível, maravilhoso, bonito, simbólico, romântico, perfeito, genial, puro.


2-Muralha da China - imponente, imensa, simples e grandiosa



3-Alhambra - é uma imagem de força, de solidez, de poder



4-Pirâmides de Gizé -a que resta das antigas maravilhas, é uma obra de engenharia grandiosa se se tiver em conta que aquele eraum tempo em que não havia aquelas coisas maravilhosas do mundo moderno que são as gruas



5-Coliseu de Roma - apesar de esburacado, metade caido é bonito, impõem-se no meio de uma das cidades mais bonitas que conheci




6-Kiyomizu - delicado, doce, transmite tranquilidade






7-Machu Picchu - perfeito!



8-Castelo de Neuschwanstein - parece um palácio encantado e dps tem a neve nas montanhas e a àgua lá ao fundo. uhmm que delicia.


9-Angkor - este confunde-me. é belo. é desconcertado. é tosco. Mas não o consigo apagar da lista.


Uhmmm e agora acho que terei de as ir visitar tdas e decidir in loco. Parece-me uma boa ideia e a única forma de me decidir de vez. de qq forma se calhar terei de fazer já as malas para estar cá a tempo do 7/7/2007, ante a apresentação das 7 maravilhas, durante ou depois ou lá o que é do jogo de futebol das estrelas número sete, na maravilhosa cidade das 7 colinas, com apresentação do 007 noriginal, Sean Connery.
ps- Pena pena é que seja naquele lugar manhoso e sem charme nhm que é o estádio da luz, arghhhhhhhhh =P











Feliz
Ano de
2007
(foto CB)