terça-feira, 4 de novembro de 2008

Nas ilhas "nô" stress, na terra "sab"

Uns, dizem que "sab" é saboroso. Outros, dizem que "sab" é feliz, contente.
A única coisa que importa é enterrar os pés nas areias brancas, mergulhar nas águas cálidas, percorrer as paisagens lunares, subir e descer as montanhas verdejantes, descer até aos fundos repletos de cardumes coloridos, curtir o dolce fare niente, sentir o toque africano, saborear uma divinal cachupa, ver as camisolas dos clubes do coração mas não da terra (está explicada a existência de seis milhões de benfiquistas), saborear a esperteza em enganar turistas, falar com os amigos do coração dos portugueses - para nós, os irmãos, o desconto garantido é de 50 por cento, calor de áfrica.
Lugar onde a pobreza se esconde debaixo de "casas para proteger a cabeça", casas que crescem ao ritmo das parcas economias, fome que se mata com peixe - eles pescadores, elas peixeiras - ou com criação de animais comunitária. Miséria que se esconde nas ruelas empedradas, nos mercados caóticos, nas terras perdidas, nos antigos edifícios coloniais.
Tudo devagar, devagarinho porque stress é coisa que não existe.


Portraits of the sab sab islands





































Cabo Verde, Outubro de 2008

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