quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Odiozinho antigo de volta

Ora, ora quem voltou para deixar mais uma pérola sobre o maravilhoso mundo da saúde.
Por palavras semelhantes o senhor ministro referiu que a população de Alijó não vai demorar a perceber os benefícios do encerramento das urgências locais.

Uhmmm..... se calhar isto assim à primeira vista não tem lá muitos benefícios. No entanto, (digo eu), se por uma vez ele se lembrar de explicar a coisa um pouco mais pormenorizadamente se calhar lá aparece um "beneficiozinho" assim pequenino. E, se um dia ele explicar a coisa a sério (a sério mesmo), pode ser que um dia até nem haja protestos e afins. Quiça!?!?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Berardo no seu better =P


"Pergunta: Como é que compra mais um quadro para a colecção?

JB: Temos objectivos, temos contactos com todas as casas de auctions que conhecem a colecção, sabem que estou bem advised e, portanto, não vêm com bullshit"

Visão - Fev 2006

E este é um dos homens mais poderosos do nosso Portugal

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

The beauty of a perfect moment

Continuo a acreditar que o melhor, aquilo que se guarda no coração, é feito de coisas simples.

Dúvida salarial

Ontem soube-se que o salário minimo nacional subiu 5,7%. A partir do próximo ano, o valor mínimo que cada português leva para casa (por lei, claro) é de 426 euros (uma verdadeira extravagância, diria!!).

Ora, a minha pergunta é: Porque é que quando se aumenta o ordenado logo a seguir aumentam os transportes, a água, o pão,a luz, a comida do piriquito, as taxas e tudo e mais alguma coisa? É que nem dá tempo para uma pessoa ficar contente com o aumento. "ah! o salário minimo subiu mais de 5 por cento. Porreiro!!" e depois seguem-se mais quatro notícias de aumentos. Nem sequer dá tempo para a ilusão!
So, what's the point? Contas feitas o que sobra menos ainda!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cimeira UE - África vista do meu cantinho


Gastámos uma grande "pipa" de milhões de euros para receber os senhores que mandam numa série de países europeus e africanos. Ele é salas vip, ele é salas vip vip, ele é o último grito da moda em decoração de circunstância, ele é tudo do bom e do melhor.


Foram dois dias apenas e havia tantos outros locais já protinhos para o esquema, mas claro que a classe não seria a mesma e teria muito menos "cachet". E nós somos pobres, mas sabemos da arte de bem receber em nossa casa. Depois podemos é ter de passar o resto da semana sem comer, mas pelo menos os convidados ficaram bem impressionados com a nossa terra.


No final deixámos de ter ajuda humanitária e passámos a ter uma cooperação estratégica. É, de facto há uma diferença estrutural na coisa! Agora não recolhemos comida, roupa e dinheiro para ajudar, cooperamos estrategicamente com eles e juntamos bens de primeira necessidade. Lá está, não é o mesmo!


O Mugabe chega uma "mísera" meia hora atrasado (lá se foram as regras protocolares!) já os acepipes estavam no fim. Será que ele queria que todos o vissem chegar?!?!?!? Nã..... apanhou certamente a hora de ponta de sábado à noite.



O Kadhafi veio com a casa às costas e no domingo "passou a manhã na tenda a ter encontros bilaterais" (ouvi no noticiário) . Sem comentários maldosos, mas que isto não soa bem.... não soa mesmo!!



Não houve parceria económica entre os dois países mas foram dois dias de regabofe neste cantinho à beira mar plantado. E (apesar da mania das bombas, assassinatos e afins que por aí anda nestes dias) nem os terroristas quiseram saber da cimeira para nada.


A conclusão foi que "há um antes e um depois desta cimeira". Lá está. Afinal o objectivo era criar um presente para depois definir aquilo que é passado e aquilo que é futuro.




Eu sabia que iam sair todos felizes com o resultado destes dois dias de conversações (algumas em tendas plantadas no meio do Forte de S.Julião)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Hopper's de brincar =P

Hopper pintou-o.....



..... e depois vieram as derivações e sobretudo as divagações =P

»»»»»»» versão Simpson's



»»»»»» Versão Lego:

From Lietuva

Eis a serenidade e tranquilidade para contar uma história.
Parti para a Lituânia cheia de expectativas e receios.
Lá, em Siauliai (que se diz Chau lé) encontrei uma realidade diferente da que esperava. Numa cidade em que ainda há aquelas coisas que só se vêem nos filmes e gangs e espionagens e afins, em que o estilo dos arquitectos ainda é o da mãe-rússia e em que elas e eles são maioritariamente loiros (e altos para burro!!!). Eis-me chegada ao leste da europa.
Foram 12 dias entre a cidade e base aérea. Depois da resistência inicial senti-me mais um deles. Entre o QRA, a sala de café, a messe e os aviões falei com quase todos os 68 homens da FAP (Força Aérea do Pinhal, dizem) que por lá estavam. Aprendi montes de coisas sobre aviões e mais ainda sobre relacionamentos humanos. Senti-me em missão, certamente numa diferente da deles.


O dia começava cedo. Ás sete salta da cama, às 7,45 sala de pequeno almoço (basicamente ver a sala porque ainda dispenso pepino e pimento a estas horas da manhã) e depois disso ainda faltava fazer os cinco minutos pela Vilnius (rua pedonal) fora para chegar ao hotel em que estavam instalados os militares. Ás 8,30 apanhávamos o autocarro e seguíamos para a base. A manhã era passada a perceber o que fazem por lá e a falar ou entrevistar os elementos das várias áreas (desde pilotos, a manutenção ou logística). Á hora de almoço as atenções centravam-se na messe. Comidinha tuga para matar as saudades. Confesso que percebi finalmente a alegria que alguém pode sentir por ver um bacalhau com grão. È mesmo verdade. A três mil quilómetros de casa, o prato de plástico com o manjar dentro faz o estômago voltar a portugal por breves momentos (sim, a sopa cor-se-rosa e a batata com carne lá dentro e a boiar em gordura tradicionais não me convenceram).





Á tarde, o ritmo era semelhante ao da manhã. Ao longo dos dias deu para cuscar todas as tendas e todos os cantinhos. Num lugar em que os russos estiveram antes da independência. Aqueles hangares enormes e imponentes onde guardavam os Mig’s deles. A neve à volta. Uhmm. E depois chegava à hora de voltar para a cidade. Autocarro às cinco. Voltava para o sotão da Tia Alice (que é como quem diz: para o nosso quartinho simpaticamente colocado no último andar do hotel) que era sobretudo quentinho. No tempo morto recuperavam-se forças, aqueciam-se os pés e trabalhava-se um bocadito ali no conforto do lar (=P).
Hora de jantar: dois bons locais e pouco mais. Esta foi a conclusão de algumas verdadeiras experiências menos boas!! Retro ou Capitonas Morganas (que se escreve de uma maneira totalemente diferente). Um e outro bastante razoáveis, mas sempre com a mesma dificuldade: a de comunicação! Á conta deste pequeno pormenor pedimos algumas coisas que só de chegarem à mesa percebemos de facto o que era, e comemos uma entrada como saída. O inglês falado é manhoso, o escrito pior ainda. Viva os gestos! viva o apontar! (claro que depois há que ter o cuidado de apontar pela ordem que se pretende que venha para não comer saídas ao invés de entradas =P). E depois, rumavamos a quê? Ao hotel dos nossos amigos em busca da preciosidade que é o café português!!!!!! Nada como um Deltazinho enquanto nos ligamos ao mundo graças à tecnologia maravilhosa que é o wireless.

Á noite, no Martini – uma disco night (e confesso que se limitou a uma única noite em que posso apenas ter tido a sorte de assistir ao fenómeno) vi a verdadeira noite lituana. Num espaço decorado à moda dos 80’s, o povo dança ao som de êxitos dessa época. Grandes swings, movimentos ritmados (e exagerados à brava), tal e qual o Grease da Olivia Newton-John e do John Travolta. Pelo meio, o senhor que comanda a música (cá designado por DJ e lá por algo indizível) vai dizendo algo que “eles” certamente entendem. Em menos de nada a pista fica vazia e os casalinhos dançam o slow também dos oitentas para não fugir ao estilo. E acaba e lá voltam os grandes êxitos. Ora, e eis senão quando, depois de mais umas frases gritadas lá pelo “Djevski” aparecem umas cadeiras em palco seguidas por umas meninas em trajes menores (não, não era um bar de strip. É mesmo uma coisa normal segundo dizem). E os trajes vão ficando um pouco menores e desaparecem. E pronto, segue para bingo e volta tudo para o meio da pista para curtir o sound.
E fui ver o Báltico. Num belo domingo de chuva, ainda de madrugada, fomos até à linha de Costa. Um dia é curto, mas como isso tem de chegar porque os alertas não dão tempo para mais, foi uma visita rápida. Em Klaipeda apanhámos o barco para Nida e fomos ver a ilha de Nida (que só é considerada ilha por estar dividida. Na verdade é uma peninsula que sai de Kaliningrado). Enquanto esparavamos pelo autocarro para a outra ponta da “ilha” tivemos tempo não para mergulhar (senão morreríamos congelados), mas para molhar os dedos no mar báltico. Lá fomos até ao nosso destino e sem tempo para almoçar acabamos por “piquenicar” as compras que fizemos no supermercado lá do sítio.


Ainda que não tenha sido por um período de tempo exagerado. Senti as saudades de casa, da minha familia, dos meus amigos mais queridos, do meu carro e de sushi. O tempo escuro, (às cinco da tarde é noite cerrada), os sapatos sempre humidos, a neve e o frio de rachar assim que se levantava o ventinho fizeram-me dar valor a algumas coisas que estavam um pouco esquecidas. Fizeram-me pensar naquilo que é realmente importante e naquilo que é menos importante. Vim mais lúcida, i guess.
Foi uma excelente experiência de trabalho e uma vivência maior ainda.
Valeu a pena? Valeu certamente mais que isso.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A estrelinha ......

..... Porque as estrelinhas se encontram sem se procurar.


"Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia, sózinho, ao relento
E ali longe do tempo, acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar


"Sou a estrela do mar só a ele obedeço
Só ele me conhece, só ele sabe quem sou
No princípio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim..."


Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Só sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar


Em silêncio trocámos segredos e abraços
Inscrevemos no espaço um novo alfabeto
Já passaram mil anos sobre o nosso encontro
Mas mil anos são pouco ou nada para estrela do mar

"Estrela do mar
Só a ele obedeço
Só ele me conhece, só ele sabe quem sou
No princípio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim..." "



Jorge Palma - Estrela do Mar