quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Alimentar a alma




Um violino na penumbra. Dois violinos na penumbra. Três violinos na penumbra. E depois ele, o mestre, Ludovico Einaudi. Vestido com o negro de sempre, com a humildade estampada a cada passo. Senta-se diante do seu teclado. O toque ora suave, ora intenso dos dedos no teclado causa arrepios na espinha. Enfeitiça. Leva para outro patamar, uma mão cheia de passos acima do chão. Às teclas, juntam-se as cordas, a pandeireta , o pling pling do xilofone para apresentar o seu NightBook.
Os sons envolvem, acariciam, emocionam. A combinação de sons é perfeita, cativa, causa estados de espírito. E no primeiro encore lá veio o Divenire. Ali, mesmo ali. Ali, com os dedos a correrem de tecla em tecla. Ali, a tocar no mais profundo dos sentimentos. Ali, a fazer as lágrimas nascerem no rebordo dos olhos. Inesquecível, maravilhoso, um verdadeiro alimento para a alma. Isto foi Einaudi.

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