Olho-te e vejo-me. Vejo o que sou, vejo o que sinto, vejo o que quero. Pego no fio dos pensamentos e vou seguindo de nó em nó em jeito de salvação da alma. Revejo-os um a um como se tivessem sido agora, neste mesmo instante, ganho o fôlego que só estas coisas conseguem dar. Cada olhar, cada partilha, cada riso, cada carinho, cada toque, cada gesto. Num turbilhão vêm umas atrás das outras. Deixo-me levar por uma sensação que causa arrepios pela espinha acima. A alma despe-se, fica a nú e cada gesto é a mais plena revelação de um sentimento profundo, incomparável com qualquer outro. É isso, é uma coisa grande. Tão grande que não se mede, não se pesa, não se parte. É bom. É cada vez maior. É cada vez maior, mais doce. É uma cumplicidade sem fim.
B.
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