sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Pedaços de natureza
Pedaços de natureza que invocam a maior das belezas.
Pedaços de séculos, de chuvas, de ventos e de tempestades que criaram verdadeiras telas.
Pedaços de silêncio diante de uma imagem de tão perfeita imperfeição.
Pedaços de impotência diante da imponência que se impõe sobre quem olha.
CJ, Grand Canyon, Novembro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Sometimes life is a mess
Há dias que parecem não ter fim, momentos em que a tristeza rouba todos os sorrisos, prende todos os pensamentos. Resta apenas a esperança, a esperança que passe, passe rápido. É querer que passem, mas ter receio que passem. O medo enche o peito, sufoca. É rever os pensamentos, as ideologias e deitá-las para o caixote do lixo. Vêm aí o cliché, mas é nestas alturas que nos voltamos para onde virámos as costas, é tão verdade.
Today i feel as scared as the little house there.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Há vazios assim
Há vazios assim em que nada entra e nada sai. Vazios sem chão. Vazios sem céu. Não nada de nada nesse vazio. Há essências do que já foi e já não é. Há indicios de outras vidas, em outros tempos, vividas em outros cenários. Foi-se o ar. Foi-se o olhar.
O vazio perdeu-se dentro dele mesmo. Desencontrou-se da porta e da janela. Sufocou dentro de si mesmo. O espaço fechou-se sobre si mesmo. E sobraram apenas os nadas.
Para trás ficaram caixotes de molduras vazias. Onde antes havia os sorridentes, agora caixilhos partidos cheios de tristezas. Já se foi tudo e ficou o silêncio. Não há sussurros, não há passadas apressadas a caminho de sítios, não há risos abafados. Há aranhiços que percorrem as tábuas corridas sem encontrar obstáculos, há lençois brancos a tapar os restos do que ninguém quis.
Há gritos surdos que querem rebentar as frestas, há sombras de quem já esteve mas já não está. Há tralhas soltas pelo meio de bolas de cotão de vidas que já se viveram aqui.
Já foi, não é. Não sei. Não se encontra. Não encontra a porta e a janela debaixo da escuridão em torno do vazio. Não há uma luz, ténue sequer.
O vazio perdeu-se dentro dele mesmo. Desencontrou-se da porta e da janela. Sufocou dentro de si mesmo. O espaço fechou-se sobre si mesmo. E sobraram apenas os nadas.
Para trás ficaram caixotes de molduras vazias. Onde antes havia os sorridentes, agora caixilhos partidos cheios de tristezas. Já se foi tudo e ficou o silêncio. Não há sussurros, não há passadas apressadas a caminho de sítios, não há risos abafados. Há aranhiços que percorrem as tábuas corridas sem encontrar obstáculos, há lençois brancos a tapar os restos do que ninguém quis.
Há gritos surdos que querem rebentar as frestas, há sombras de quem já esteve mas já não está. Há tralhas soltas pelo meio de bolas de cotão de vidas que já se viveram aqui.
Já foi, não é. Não sei. Não se encontra. Não encontra a porta e a janela debaixo da escuridão em torno do vazio. Não há uma luz, ténue sequer.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Partir. Ir sem destino. Chegar a algum lugar. Ver a espuma dos dias a desaparecer lentamente. Os pensamentos vão e vêm ao sabor dos sonhos, dos desejos. Ficar por ali. Andar mais um pouco até não sei onde e fazer esse mesmo não sei o quê. Não pensar mais para trás, nem mais para a frente. Molengar no conforto deste aqui e agora com uma manta pelos ombros debaixo de um céu pejado de estrelas. Neste lugar não há limites, não há sitios nem coisas certas ou erradas. Onde se está e o que se quer é a verdade absoluta, inquestionável. Olhar em redor e ver essa longa planície de silêncio. Quebrar esse silêncio que não é de mais ninguém com todos os gritos que estão guardados. Gritar até se ficar sem uma nesga de inquietude no espírito. Até a alma ficar leve, leve. Fechar os olhos, fazer das pestana obturador. Gravar a leveza, a imagem, o sentir. Caminhar. Vir. Ziguezaguear. Apanhar o autocarro que deixa mesmo à porta. Entrar. Crer.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Amores e apegos
Disse ela:
"É preciso saber distinguir o amor do apego. Isso ajuda-nos muito na vida. O amor com desapego é o amor verdadeiro. É um crescimento pessoal porque muitas vezes esperamos que o outro nos dê aquilo que nos falta e não há ninguém que nos possa dar aquilo que temos de encontrar dentro de nós. Quanto menos precisar de ti, mais te amarei e menos te pedirei"
"É preciso saber distinguir o amor do apego. Isso ajuda-nos muito na vida. O amor com desapego é o amor verdadeiro. É um crescimento pessoal porque muitas vezes esperamos que o outro nos dê aquilo que nos falta e não há ninguém que nos possa dar aquilo que temos de encontrar dentro de nós. Quanto menos precisar de ti, mais te amarei e menos te pedirei"
sexta-feira, 1 de julho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
Os entupimentos
O sono não chega. É impossível fechar os olhos. Tenho medo que desapareça. Não, não vou deixar desaparecer nunca mais! Não é uma resolução, também não é uma teimosia e menos ainda uma aposta. É uma certeza porque as certezas vêm do coração e são inabaláveis. É a mais pura e profunda felicidade isto que me enche o peito e Ne está a dar insónias! Quero-a para sempre! Só assim ela faz sentido, quando preenche tanto que transborda. Até podem vir as pequenas trovoadas, podem vir neblinas, mas nunca mais virá nada de mau. Há momentos na vida que se guardam para sempre. Este ficará para sempre. Ficará como carro de combate a qualquer tempestade.
Sinto que por vezes temos de bater no fundo, para fazer toda uma caminhada. Quero fazê-lá. Vou fazê-lá e sei, com todo o meu coração que estas insónias irão acontecer muitas vezes e que serão cada vez melhores, maiores, mais entupidas. Anda, vamos ate esse sítio que é só nosso, muitas e muitas vezes! Aí que entupimento este que sabe a um petit gateau, ao enroscar, a uma toalha quente depois do banho, a um coração que não pára de bater, a mantas e almofadas, a um beijo ( ao primeiro!), a uma garrafa de vinho da tua garrafeira, sabe a todas as coisas boas, a todas as coisas que me enchem a alma. Anda, vamos continuar a escalada. O topo é lá em cima, não temos pressa, vamos parando para dar uns goles nesse teu, nosso, vinho, para uma troca de cumplicidades, para nos conhecermos mais um bocadinho. Lá em cima está tudo o que queremos e sonhamos. Que graça teria se fosse um helicóptero a deixar-nos lá no cimo dos cimos? Será bom subir assim, de mão dada, eu ajudo-te, tu ajudas-me, eu ensino-te o melhor caminho, tu ensinas-me a outra parte do melhor caminho. Iremos dar umas escorregadelas, somos meio trapalhões às vezes, mas vou amparar-te sempre, também sei que me vais amparar sempre. Queres saber o segredo que está lá em cima, o mais bem guardado deles todos? Anda, aproxima-te, abraça-me, digo- to ao ouvido.
Maravilhosa insónia, esta. Vem sempre e muitas vezes.
Sinto que por vezes temos de bater no fundo, para fazer toda uma caminhada. Quero fazê-lá. Vou fazê-lá e sei, com todo o meu coração que estas insónias irão acontecer muitas vezes e que serão cada vez melhores, maiores, mais entupidas. Anda, vamos ate esse sítio que é só nosso, muitas e muitas vezes! Aí que entupimento este que sabe a um petit gateau, ao enroscar, a uma toalha quente depois do banho, a um coração que não pára de bater, a mantas e almofadas, a um beijo ( ao primeiro!), a uma garrafa de vinho da tua garrafeira, sabe a todas as coisas boas, a todas as coisas que me enchem a alma. Anda, vamos continuar a escalada. O topo é lá em cima, não temos pressa, vamos parando para dar uns goles nesse teu, nosso, vinho, para uma troca de cumplicidades, para nos conhecermos mais um bocadinho. Lá em cima está tudo o que queremos e sonhamos. Que graça teria se fosse um helicóptero a deixar-nos lá no cimo dos cimos? Será bom subir assim, de mão dada, eu ajudo-te, tu ajudas-me, eu ensino-te o melhor caminho, tu ensinas-me a outra parte do melhor caminho. Iremos dar umas escorregadelas, somos meio trapalhões às vezes, mas vou amparar-te sempre, também sei que me vais amparar sempre. Queres saber o segredo que está lá em cima, o mais bem guardado deles todos? Anda, aproxima-te, abraça-me, digo- to ao ouvido.
Maravilhosa insónia, esta. Vem sempre e muitas vezes.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
A beleza das palavras
Cita-se ante uma obra de páginas imensas a doçura das palavras Virgina Woolf
"Vivi em ti durante todo este tempo - agora, que eu parto, com quem te pareces tu, verdadeiramente? Será que existes, ou inventei-te dos pés à cabeça?".
Seguem-se mil páginas da história da Marquesa de Alorna, Leonor
"Vivi em ti durante todo este tempo - agora, que eu parto, com quem te pareces tu, verdadeiramente? Será que existes, ou inventei-te dos pés à cabeça?".
Seguem-se mil páginas da história da Marquesa de Alorna, Leonor
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Estúpidos se's
Aquilo que mais apoquenta são os se's, aquilo que fica por saber, por sentir, por dizer. E se não se tivesse dito ou feito. E se não se tivesse passado assim. Se...se se soubesse viver sem estes se's tudo seria mais descomplicado. Não gosto desses se's. Não quero esses se's.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Cacos
segunda-feira, 21 de março de 2011
*
A imagem ou o reflexo. A verdade ou a vontade. A realidade ou o desejo. O que se pensa ou o que se acredita. O que se quer ou o que se sonha.
Mas o que seria das imagens sem os seus reflexos? Existiriam as verdades sem muitas vontades? Que sentido teria a realidade sem os desejos? Pensar-se-ia em seja o que for se não se acreditasse? Quero e sonho! Só assim tudo tem sentido.
*Magritte, Heraclito
A imagem ou o reflexo. A verdade ou a vontade. A realidade ou o desejo. O que se pensa ou o que se acredita. O que se quer ou o que se sonha.
Mas o que seria das imagens sem os seus reflexos? Existiriam as verdades sem muitas vontades? Que sentido teria a realidade sem os desejos? Pensar-se-ia em seja o que for se não se acreditasse? Quero e sonho! Só assim tudo tem sentido.
*Magritte, Heraclito
terça-feira, 1 de março de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Balanços
Nas curvas da vida, encontramo-nos sempre. Encontramo-nos nas encruzilhadas. Escorregamos nos mesmos penhascos. Tu salvas-me e eu salvo-te. Agarras-me com aquela força de quem jamais deixaria que alguma coisa me acontecesse. Seguro-te como o meu bem mais precioso. Tu és eu e eu sou tu e quando somos um só deixamo-nos levar pelos balanços. Às vezes, o balanço é mesmo um balançar, e a força não chega, as mãos soltam-se e perdemo-nos. Eu volto a ser apenas eu, tu voltas a ser apenas tu. Os pensamentos ficam desligados, sem sentido. Os ventos não acalmam, os mares batem furiosos, as nuvens estão carregadas de ira... uma ténue chama de uma vela acesa lá longe ilumina os passos incertos e encontramo-nos nas sombras assustadas um do outro. Em pequenos passos, cautelosos e incertos, os nossos dedos enlaçam-se, as nossas mãos, atacadas por uma profunda solidão um do outro, são incapazes de fingir friezas, amuos. É mais sofrido, mais forte, mais meigo, mais sentido, mais intenso. As entranhas mais profundas tocam-se suavemente, envolvem-se, fundem-se. A luta contra as incertezas, dúvidas, medos e mágoas intensifica-se. Mas agora somos dois e sinto-me invencível contigo a meu lado. As nuvens negras vão-se dissipando, o mar é tranquilo como o de uma lagoa, as ventanias são apenas leves brisas. Um e um só.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Palavras
As palavras são difíceis, duras, enganadoras, perversas, más. Saem um tom acima ou um tom abaixo e todo o seu significado muda. Saem no contexto certo ou no contexto errado e causam as melhores ou as piores reacções. As palavras. Quem as controla, controla o Mundo.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Secret places
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