sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sometimes life is a mess



Há dias que parecem não ter fim, momentos em que a tristeza rouba todos os sorrisos, prende todos os pensamentos. Resta apenas a esperança, a esperança que passe, passe rápido. É querer que passem, mas ter receio que passem. O medo enche o peito, sufoca. É rever os pensamentos, as ideologias e deitá-las para o caixote do lixo. Vêm aí o cliché, mas é nestas alturas que nos voltamos para onde virámos as costas, é tão verdade.
Today i feel as scared as the little house there.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Há vazios assim

Há vazios assim em que nada entra e nada sai. Vazios sem chão. Vazios sem céu. Não nada de nada nesse vazio. Há essências do que já foi e já não é. Há indicios de outras vidas, em outros tempos, vividas em outros cenários. Foi-se o ar. Foi-se o olhar.
O vazio perdeu-se dentro dele mesmo. Desencontrou-se da porta e da janela. Sufocou dentro de si mesmo. O espaço fechou-se sobre si mesmo. E sobraram apenas os nadas.
Para trás ficaram caixotes de molduras vazias. Onde antes havia os sorridentes, agora caixilhos partidos cheios de tristezas. Já se foi tudo e ficou o silêncio. Não há sussurros, não há passadas apressadas a caminho de sítios, não há risos abafados. Há aranhiços que percorrem as tábuas corridas sem encontrar obstáculos, há lençois brancos a tapar os restos do que ninguém quis.
Há gritos surdos que querem rebentar as frestas, há sombras de quem já esteve mas já não está. Há tralhas soltas pelo meio de bolas de cotão de vidas que já se viveram aqui.
Já foi, não é. Não sei. Não se encontra. Não encontra a porta e a janela debaixo da escuridão em torno do vazio. Não há uma luz, ténue sequer.