sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aconchegos

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E todo o sentimento se resume a um só gesto, a um aconchego sem igual, sem palavras. Os corpos enroscam-se um no outro, o calor envolve-os. É a expressão mais profunda de todos os sentimentos. É a expressão involuntária de todas as vontades. É o momento em que não se oculta nada, em que não há equivocos ou fingimentos. Um abraço forte, mãos entrelaçadas, dois corpos que se unem num só. Entre sonhos e pesadelos esse abraço permanece e não se desfaz porque aquilo que o sustenta é verdadeiro e sentido. E, enquanto se está assim neste aconchego, percebe-se tantas, mas tantas, coisas...


*painting of : Lucian Freud, acabadinho de conhecer

1 comentário:

O Recriador disse...

Belas descrição.
Belo quadro.
Belas palavras.