domingo, 25 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A lei da hipocrisia
Os austríacos devem estar loucos
Ou é do ar que respiram, ou da água da torneira ou do facto de não terem mar.
Não sei, mas a verdade é que os três últimas coisas que me vêm à mente quando penso na Áustria fazem lembrar filmes de terror, quadros surreais fatelas, policiais mal escritos e afins. Tudo com muita criatividade e muito horror pelo meio.
Primeiro, foi o outro que fechou a miúda da cave durante oito anos. Ela lá se desenrascou, pôs-se a andar, ele atirou-se para a frente de um comboio, ela falou da desgraça ao mundo com aquela roupa roxa e lenço na cabeça. Entretanto a história virou, ou era para virar, filme.
Um ano e pouco depois, foi a vez de se conhecer a história do Fritzl. O horror parece não terminar com os pormenores que ainda se vão descobrindo todos os dias. Fechou a filha na cave durante 24 anos, violou-a, massacrou-a. Foi pai dos seis netos resultado dessas violações contínuas. Reclamou contra o mundo quando ouviu que lhe chamavam monstro. Em sua defesa alegou que podia ter sido um monstro se tivesse morto as crianças e mais uma série de tropelias. uau de facto não, ele não é monstro. Lá agora!
E agora....? xaran!!!! Eis senão quando, mais um austríaco, no auge da sua ausência de capacidades, mata a mulher, a filha, o pai, a mãe e o sogro com um machado. Ah, mas não estavam todos na mesma casa. Primeiro foi em Viena, depois andou cerca de 180km e foi matar os pais e sogro. Motivo? Estava com problemas financeiros, perdeu todo o dinheiro e queria poupar a família à humilhação. Pois, claro. Que mais poderia ser?!?!?!?
O que se seguirá?
terça-feira, 13 de maio de 2008
One year after....
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Volver a Almodóvar
Lamentavelmente, só este fim-de-semana vi o filme. Achei fabuloso. O melhor de Almodóvar. Ainda que seja suspeita para falar, já que me converti há algum tempo à religião do espanhol.
A história é maravilhosa. Bem escrita, bem contada, bem filmada.
A Raimunda, Penélope Cruz, está como nunca antes. Um personagem denso, completo. Está poderosa.
Mais: Comprova-se que Almodóvar sabe entrar, como ninguém, no universo feminino. Nos dramas, nas tramas, na sintonia, na solidariedade feminina.
O sentido de humor apurado mantém-se. Maravilhoso o momento em que Agustina conta que cada vez que fuma uma ganza se lembra da mãe hippie.
O non-sense da história (desde o guardar o morto na arca até ao cravar comida às vizinhas para fazer o almoço) é encantador.
O guarda roupa/figurinos está/estão perfeito(s).
De ver e rever para olhar os pormenores.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
The bucket list
De olhos mal fechados
Olhar em redor ver o cenário, ver os pais, ver os filhos, ver a mulher ou o homem que se ama, ver a casa que se comprou, ler um livro ou um jornal, olhar o espelho e ver a imagem reflectida, ver uma flor, subir a um miradouro e ver toda a vista em redor, ver o sol, olhar para as estrelas, ver o campo, ver a praia, condizir pela estrada fora e ir parando aqui e ali.
Fechar os olhos.
Voltar a abrir e não ver. Tudo é baço, desfocado, disforme, longinquo, doloroso.
Depois, vêm os hospitais, as listas de espera e a resignação de que a espera será longa. E um dia, o mundo apaga-se e só fica a escuridão.
E se a luz se acender? E se as pessoas que se amam poderem voltar a ter um rosto e se as coisas que são queridas voltarem a ter forma? E se tudo estivesse focado?
Não aponto culpas à espera. São o resultado de longas listas de asneiras.
Mas que a Ordem dos Médicos e os Oftamologistas queiram impedir que as pessoas se curem dá cinco voltas e meia ao estômago. Quando poderiam ter feito algo para resolver um problema, não o fizeram. Agora, que as pessoas aproveitam a oportunidade para irem a Espanha ou a Cuba ou seja onde quer que for para se curarem vêm apontar o dedo e pôr processos crime a esses médicos?
Será assim tão difícil de perceber que para quem perde um pouco mais do mundo todos os dias não importa o local, mas o resultado?
Acabe-se com as teorias, os apontar de dedo e resolvam os problemas para que os doentes infames não tenham de procurar a solução fora de fronteiras.
Mas depois quem ganha menos dinheiro com isso?
Sim, disseram.... Mas não quero saber disso para nada!
"Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
E morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim"
Mafalda Veiga
.......Quero os meus dias porque eles são meus
e quero arrancar todas as minhas madrugadas.
.......Quero os meus risos
e quero arrancar milhões de gargalhadas
.......Quero ser devorada por todos os meus sentidos
e quero rasgar tudo o que há cá no fundo. Libertar.
.......Quero emaranhar-me no mundo
e quando chegar ao fim saberei que fui feliz. Muito
sábado, 3 de maio de 2008
A Ribeira do Porto
Não é a Lisboa que eu amo, mas o Porto de que sinto saudades.
A Ribeira vista do lado certo, a margem errada
A Ribeira com as suas casas coloridas.e a Ribeiras das casas a cair
A Ribeira dos nascidos e criados e a Ribeira dos turístas
A Ribeira das velhas de rugas e sotaque marcados e a Ribeira dos copos e das noitadas
A Ribeira das ruelas escuras e a Ribeira que reflecte a luz do Douro
A Ribeira dos contrastes
A Ribeira a que vale sempre a pena voltar.
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