quinta-feira, 12 de junho de 2008

A festa na minha aldeia



Na festa da minha aldeia há carrocéis, carrinhos de choque e casas do terror.
Na festa da minha aldeia há barraquinhas com enchidos e tascas com caipirinha.
Na festa da minha aldeia há sardinha assada e pita shoarma.
Mas há sobretudo festa durante uma semana inteira. Festa da rija e da boa.
As senhoras vestem a roupa da missa, os senhores vestem a camisa de quadrados e penteiam os cabelos e os bigodes.
Nas janelas com vista privilegiada juntam-se familias inteiras.
As pessoas vêm à festa para ver pessoas, para os meios cumprimentos, para verem e para se darem a ver. É um ritual social que junta três gerações aleatoriamente pelas ruas da minha aldeia.
Hoje há Roberto Leal. As velhas dançam animadamente em passo de baile ao mesmo ritmo que as raparigas abanam o corpo. No ano passado, Daniela Mercury encheu o pátio com vista para o palco e os pés sairam do chão com o modo sardinha em lata activo. Há dois anos, comprovei que os habitantes da minha aldeia adoram Quim Barreiros, sabem as letras e as velhas dançam em pares. Há três o Tony, o Carreira, bloqueou todas as estradas da vizinhança e para lá da vizinhança.
Na festa da minha aldeia há uma roda gigante, há balões, pipocas e algodão doce.
É isto. É tão puramente isto.

4 comentários:

DeLítio, Puro DeLítio disse...

Na minha aldeia reina o sacana do silêncio...

Flor de Sal disse...

Na festa da minha aldeia há deliciosos churros e farturas aos milhões... para infelicidade das minhas ancas! yahmi...yahmi

Cacau disse...

na festa da tua aldeiaaa*
o que sei é que tive para ir ver a daniela na tua aldeia, e nao fui...
um dia...talvez um dia hei.de ir a essa festa:)
lembro-me de alguem me ter ligado um dia de laa:P eheh

um bjoooooooo

O Recriador disse...

Na minha aldeia nem festa há.
Na minha terrinha é festa todo o ano alegria contagiante em torno de tudo o que é palco, do Quim ao Emanuel é vê-los a desfilar em torno de um concelho inteiro. Aahhhh como gosto das festinhas veraneantes.