terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Amar, amar, amar de verdade

*

Não é aquele amor entre homem e mulher. É aquele amor que se sente por poucas, muito poucas, pessoas. Falo daquele inexplicável sentimento que enche o peito. Falo naquela incondicional vontade de dar o que se têm e de encontrar o impossível apenas por saber o quanto isso vai fazer aquela pessoa feliz. É saber que, aconteça o que acontecer, estão ali aqueles ombros. É sentir que se é capaz de deixar tudo e todos para trás por saber que basta uma palavra para conseguir arrancar um sorriso da cara mais triste do mundo. É chorar as tristezas desses como se nossas fossem. É sentir os medos, os receios, os pânicos da mesma maneira. É entrar em êxtase com as alegrias, os sucessos e os sorrisos desses. É quando bastam os olhares de relance ou os tons de voz para se perceber os estados de alma. Falo daquela certeza de sermos capazes de enfrentar uma multidão de enraivecidos para proteger esses tais de qualquer coisa que venha de qualquer lado com qualquer intensidade. É tirar-lhes o sofrimento da frente, sempre. É sentir que nada nos pode acontecer porque estaremos sempre protegidos por essa bolha de amor que nos dão esses. Passa por tirar todas as defesas, abrir o coração e dar simplesmente por dar. Trata-se de dar voltas na almofada em busca de respostas que não são para nós, mas é como se fossem. É sentir o alivio dessas respostas. Trata-se de construir, de criar laços, de cativar e de ser cativado. Refiro-me a uma coisa tão grande, tão grande, que não se mede, que não se define, que se sente apenas.

* GUSTAV KLIMT


Nem de propósito passou na playlist uma combinação de trocas justas: "Beijo por beijo // Sonho por sonho // Carinho por amor// Paixão por paixão..."

1 comentário:

Anónimo disse...

Vim ler...
E sorrio porque sei exactamente do que falas...

Um beijo meigo*