segunda-feira, 12 de maio de 2008
Volver a Almodóvar
Lamentavelmente, só este fim-de-semana vi o filme. Achei fabuloso. O melhor de Almodóvar. Ainda que seja suspeita para falar, já que me converti há algum tempo à religião do espanhol.
A história é maravilhosa. Bem escrita, bem contada, bem filmada.
A Raimunda, Penélope Cruz, está como nunca antes. Um personagem denso, completo. Está poderosa.
Mais: Comprova-se que Almodóvar sabe entrar, como ninguém, no universo feminino. Nos dramas, nas tramas, na sintonia, na solidariedade feminina.
O sentido de humor apurado mantém-se. Maravilhoso o momento em que Agustina conta que cada vez que fuma uma ganza se lembra da mãe hippie.
O non-sense da história (desde o guardar o morto na arca até ao cravar comida às vizinhas para fazer o almoço) é encantador.
O guarda roupa/figurinos está/estão perfeito(s).
De ver e rever para olhar os pormenores.
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1 comentário:
hum.. começo a achar que dás um bom guia cinematográfico.
Volver. De volver a ver.
Simplesmente fantástico. Do nada do início, saiu um drama com um final simples.
O pormenor de cravar 100 euros à prostituta para comida é absolutamente hilário...
O cancro, a insanidade da solidão, o drama da pedofilia, os abusos...
A capacidade de desdobramento, sofrimento, cumplicidade das mulheres, perfeitamente representados neste filme.
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