sexta-feira, 13 de julho de 2007

.......???????............. (zzzzzt fez o meu cérebro)

São 7,50 da manhã e eis que aqui estou eu provavelmente no pior aparthotel do mundo. Á minha espera está uma cama que sai de dentro de um armário ou um beliche desmontável na parede. Eis-me acabadinha de chegar de uma ronda nocturna pelos bares da moda no algarve.
Pelo caminho, a fome fez-me parar naquele que provavelmente é o lugar mais perto do surreal que consigo imaginar (muito provavelmente e com tda a certeza pelo estado em que o meu cérebro está depois de 24 horas nonstop). Chama-se Bistro Oasis Club (nome com um toque british, ie, estrangeiro), fica ali logo à saída de Vilamoura, tem umas tostas maravilhosas (no caso, e deve ser mm sono, adorei uma tosta de galinha com alho e queijo extra!!) que misturei com um leite com chocolate (Ucal, que era o que havia) numa maravilhosa (...mente manhosa!) combinação de sabores. Á volta paira o surreal. Umas espanholas acompanhadas por um português tentam pedir uma tortilha a uma empregada de mesa oriunda de um país de leste que não sabe o que é uma tortilha e que tenta explicar (não sei em que língua...) que não tem tostas de manteiga (oinc!!!). Nunhum deles se entende e lá vem qualquer coisa que elas acham que pediram e que a senhora acha que entendeu.
Enquanto mastigo a minha tosta olho à volta. Á minha frente está uma televisão e um plasma os dois a darem a mesma coisa e virados para o mesmo sítio em que eu estou. No canal, o Fashion TV, que está ligado passa a colecção de inverno de um qualquer inverno passado apesar de estar a nascer um belo dia de Verão fora das janelas. Por baixo, há um anúncio aos "Bilhares Chorão" colocado numa máquina de jogos. Antes de vir embora tenho oportunidade de assistir a dois meninos, sentados atrás de mim, a comerem uma francesinha (o prato típico, não uma menina oriunda daquele país acima de Espanha e abaixo da Holanda) e a partilharem uma travessa de batatas fritas (apesar de ainda não serem sequer oito da manhã).
Pelo caminho de volta para este belo lugar em que me encontro, passo por lugares como a Patã ou a Mari-não-sei-das quantas enquanto senhoras honradas e senhores trabalhadores se preparam para um belo dia de trabalho e eu para um belo dia a dormir desgraçadamente. Mesmo a chegar ao aparthotel ouço o toque do despertador do meu telemóvel que toca à mesma hora que eu o programei para tocar ontem quando acordei (há milhares de anos atrás, diriam as minhas costas, os meus pés, os meus rins, as minhas olheiras e tds os afins.... que não sinto sequer)
São 8,17 da manhã e vou cair na cama. Espero que o armário de onde sai a cama não se feche comigo lá dentro.

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