Um dia Sophia escreveu:
"Ás vezes julgo ver nos meus olhos
A promessa de outros seres
que eu podia ter sido,
se a vida tivesse sido outra
Mas dessa fabulosa descoberta
Só me vem terror e mágoa
De me sentir sem forma, vaga e incerta
Como a água"
Mais:
Tudo me é uma dança em que procuro
A posição ideal,
Seguindo o fio de um sonhar obscuro
Onde invento o real
À minha volta sinto naufragar
Tantos gestos perdidos
Mas a alma, dispersa nos sentidos,
Sobe os degraus do ar..."
Um dia Dali pintou:
Eis o que sinto.....
Desperto e assusto-me com uma realidade que não conhecia em sonhos;
Desperto e não me acho no que sinto, no que penso e no que projecto;
Desperto e temo não ter forças para fazer com que a alma acompanhe o corpo;
Desperto e tenho medo de jamais voltar a ser o que já fui;
Desperto e tenho medo do que sou;
Desperto e balanço entre a nostalgia de sonos passados e o receio dos sonhos futuros;
2 comentários:
Ahh dona Cj.. que é isso de teres medo do que és?! És uma muito muito grande pessoa (diria gigante ou titânica, mas até isto já é muita coisa pra mim que não sou de elogios.. =P), apesar de vires em tamanho XS =P és grande, nunca duvides disso.
Quanto à conversa de não voltares a ser o que foste em tempos?! Acho que nunca se volta a ser tal e qual o que se foi, mas com a tendência pra melhorar que muitas pessoas têm.. hás de ser 20 vezes (um pouco exagerado se calhar, mas enfim..) aquilo que foste e querias voltar a ser.
Beijos grandes
Ahh deixei-te uma coisa no meu blog =P
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